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WINE SOUTH AMERICA: confira o que rolou

Nesta semana tivemos uma dessas ideias sem pé, nem cabeça, que quase acabou com a nossa saúde: decidimos fazer uma cobertura em tempo real da Wine South America. Foram 4 dias de feira (de 26 a 29), além de uma programação bem intensa para impressa, que iniciou todos os dias às 8hs da manhã e encerrou apenas depois do jantar. E a gente cobriu TUDO.

Além de visitar estandes, falar com produtores, provar vinhos, fazer anotações, fotos, vídeos, assistir palestras e participar de degustações, decidimos cobrir a feira em tempo real. Ao invés de esperar que todas as atividades se encerrem para mostrar o que fizemos por lá, mostramos enquanto a feira acontecia. A cada estande visitado, a cada palestra assistida, abastecemos este post com fotos, vídeos e conteúdo. Espia!

DIA 1

  • 14:00

Chegamos na feira e estrutura é melhor do que a gente imaginava. Os estandes estão lindos, as vinícolas investiram muito em seus espaços e o movimento está começando.

Entrada da feira Wine South America.

Logo na entrada, demos de cara com o setor das vinícolas da Campanha Gaúcha. Estão aqui a Estância Paraizo, a Cordilheira de Santana, a Vinícola Peruzzo, a Dunamis, a Vinícola Batalha, a Campos de Cima e a Guatambu. Ficamos horas ali, porque são todas vinícolas muito queridas, das quais gostamos muito!

Setor das vinícolas da Campanha Gaúcha.

Destacamos três lançamentos bem bacanas por aqui: o Merlot branco da Dunamis, o Licor de Tannat da Campos de Cima e o Don Cabernet Sauvignon da Estância Paraízo.

Merlot branco produzido pela Dunamis na Campanha Gaúcha.

Licor de Tannat da Campos de Cima, de Itaqui.

O divertido DON Cabernet Sauvignon, da Estância Paraízo.

  • 16:00

A gente achou que ia dar pra visitar todos os estandes no primeiro dia, mas nos enganamos. Cada paradinha são 30 / 40 min de bate-papo, porque tem muitos produtos sendo lançados na feira. Estamos ficando loucos por aqui. Ainda bem que são 4 dias de feira.

Agora estamos na sala da ABS-RS para assistir a palestra Extreme Wines and Winemaking in Latin America, com o Master of Wine Alistair Cooper.

Alistair Cooper MW

Alistair e os dez vinhos do painel.

  • 18:00

A masterclass do Master of Wine Alistair Cooper encerrou, e voltamos aos estandes. A Família Valduga tem um dos maiores estandes da feira, que abriga tanto os vinhos da Casa Valduga, quanto os produtos das outras empresas que fazem parte do grupo: geleias, pimentas e sucos deliciosos da Casa Madeira, cosméticos feitos de uva da Vinotage, cervejas premium da Leopoldina e vinhos da importadora Domno. Provamos o lançamento da vinícola: Espumante Casa Valduga 130 Brut Rosé. Cremoso e com uma acidez incrível!

Estande da Família Valduga

Espumante Casa Valduga 130 Beust Rosé.

A Vinícola Salton também mandou muito em seu estande e caprichou na interatividade. Prepararam um mostruário muito legal de aromas do vinho, que divertiu bastante o público, além de expor recortes de alguns tipos de solo e de propor uma brincadeira diferente por dia para que os visitantes pudessem interagir. BEM LEGAL!

Estande Vinícola Salton

Exposição de aromas do vinho no estande da Vinícola Salton.

Provamos os lançamentos da vinícola: o espumante Giornata 140 Prosecco, da linha Domenico, o espumante Azir Antonio Salton, da linha Gerações e 3 destilados da linha Digníssimo. Os espumantes estão incríveis, mas os destilados roubaram nosso coração. O primeiro a ser lançado foi um Gin, super aromático, com um aroma bem marcado de zimbro e flor de laranjeira. Os outros dois são destilados a base de malte de whisky, um aromatizado com canela e o outro com mel. Trocinhos perigosos, viu? Docinhos, bem aromáticos, não arranham a garganta, mas o teor alcoólico é de 33%, então tem que tomar cuidado com o estrago. Para completar, os rótulos são lindos e o preço é uma piada: cerca de 25 reais!

Espumante Giornata 140 Prosecco, da linha Domenico.

Espumante Azir Antonio Salton, da Linha Gerações.

Os destilados da Linha Digníssimo, da Vinícola Salton.

DIA 2

  • 15:30

Chegamos um pouco tarde, porque nosso almoço atrasou, então hoje vamos ter que agilizar. A primeira parada foi o setor da Wines of Uruguay, que tem algumas vinícolas já bem conhecidas no Brasil, e algumas outras que ainda estão buscando seu lugar no nosso mercado.

Setor da Wines of Uruguay

Começamos pelos vinhos da Família Passadore, de Canelones, pertinho de Montevideo. Provamos todos os vinhos apresentados. Eles têm um perfil jovem, fresco e bastante agradável, e chegariam ao Brasil por valores bem em conta (de 30 a 40 reais). Chegariam, porque ainda não chegam. Este é o objetivo deles aqui na feira: entrar no mercado brasileiro.

Os vinhos da Familia Passadore

Na sequência, decidimos conhecer os vinhos da Bodega Nabune, também de Canelones, mas da região costeira de Atlantida. Vinhos muito interessantes, com uma batida praiana, mais fresca e vibrante. Provamos por lá um vinho licoroso elaborado com Sauvignon Blanc, que passa por um envelhecimento oxidativo com exposição ao sol. Muito gostoso!

Os vinhos da Bodega Nabune

Depois disso, paramos no estande da Braccobosca, para provar o seu Merlot super premiado. Ele tem um estilo bem vertical, ácido, com bastante tanino e fruta. Muito diferente dos Merlots daqui, que costumam ser mais redondinhos e macios. Curtimos bastante!

Os vinhos da Braccobosca.

Paramos para conhecer o estande da Bodega Gimenez Mendez, de Canelones. Conhecemos um dos vinhos deles em uma degustação às cegas de Cabernet Sauvignon um tempinho atrás. Ele foi o mais votado no painel, e também o mais barato, ou seja, do jeitinho que a gente gosta. Aproveitamos para provar todos os outros vinhos disponíveis na feira. Os vinhos da Gimenez Mendez chegam ao Rio Grande do Sul diretamente pela Companhia Zaffari, por isso estão no mercado com preços ótimos. Nos demais estados, chegam através de importadoras.

Vinhos da Bodega Gimenez Mendez.

  • 16:30

Paramos no estande da Casacorba, de Nova Roma do Sul, na Serra Gaúcha, vinícola que a gente ainda não conhecia. Os vinhos deles são super gostosos, têm uma apresentação muito bonita e preços incríveis. Os vinhos tranquilos custam, em média, 25 reais e os espumantes 35 reais. Além disso, eles elaboram na propriedade azeites de oliva e outros produtos artesanais bem bacanas.

Linha de vinhos da Casacorba

Demos um pulo, também, no estande da Miolo. Aproveitamos para degustar os únicos vinhos deles que ainda não conhecíamos, da linha Almadén. Os produtos estão muito bons, super bem elaborados e fáceis de beber. Destaque para o espumante Brut. Os vinhos tiveram a identidade visual repaginada, estão com rótulos muito bonitos e um precinho que chega a ser piada: média de 22 reais por garrafa.

Linha Almadén, da Miolo

  • 17:30

Passamos no estande da Vinícola Aurora e tivemos um recepção incrível! O Vítor Cássio Mizevski, da equipe de enologia da vinícola, nos convidou para uma degustação no espaço privado deles lá na feira, onde aproveitamos para experimentar todos os produtos que ainda não conhecíamos. Acreditem, são muitos produtos! Degustamos o Chardonnay, o Merlot e o Rosé da linha Reserva, que são vinhos de bastante qualidade, mas com um preço bem justo (cerca de R$35,00 a garrafa). O nosso preferido foi o Chardonnay que, apesar de passar por madeira e ter uma estrutura um pouco mais pesada, consegue manter uma acidez bem vibrante e um caráter de fruta fresca delicioso. Também provamos os espumantes delícia da linha Procedências e, para finalizar, degustamos o Brandy 12 Anos, que tá demais!

Super recepção da Vinícola Aurora na Wine South America

Espumante da Linha Procedências, da Vinícola Aurora.

O Brandy 12 anos da Vinícola Aurora.

DIA 3

  • 15:30

Hoje é, oficialmente, nosso último dia de feira, já que amanhã é dia da Avaliação Nacional de Vinhos, que vai tomar boa parte do dia. Então o plano é passar em todos os estandes que ainda não visitamos. Vai ser maratona mesmo, mas vai rolar.

Começamos pela Pizzato Vinhas e Vinhos, e fomos direto provar os dois lançamentos: o Sauvignon Blanc 2018 e o Semillon 2018. O primeiro com aromas bem exibidos, acidez alta e muito frescor; o segundo mais sóbrio, com aromas mais discretos e bastante elegante.

O Sauvignon Blanc 2018 da Pizzato.

Semillon, o lançamento da Pizzato.

  • 16:30

Demos um pulo rápido no estande coletivo dos Vinhos de São Roque, São Paulo. Provamos os 6 vinhos disponíveis, um de cada vinícola, e achamos todos super bacanas, mas sentimos falta de mais informação, mais vinícolas, mais opções. Os vinhos de São Paulo chegam pouco no Rio Grande do Sul, e a feira era uma super oportunidade para apresentar os produtos, mas acabou passando um pouco em branco. Uma pena, pois gostamos muito do que provamos e ficamos curiosos com os demais vinhos sendo produzidos por lá!

Estande dos Vinhos de São Roque.

Perto dos Vinhos de São Roque estava o estande da Vinícola Peterlongo. Aproveitamos para provar o Champagne deles. Opa, pera. CHAMPAGNE? Mas Champagne não são os espumantes feitos apenas na região de Champagne, na França? De fato, são, mas a Peterlongo ganhou na judicialmente o direito de utilizar a nomenclatura, pois já produziam espumantes pelo método tradicional e utilizavam o termo antes da AOP Champagne ser instaurada, em 1927. Na prática, o produto que leva a terminologia, o Champagne Elegance, é um espumante elaborado pelo método tradicional, com um corte de Chardonnay e Pinot Noir. Na feira, provamos a versão Nature, nossa favorita. Super gostoso!

Champagne Peterlongo Elegance Brut e Nature.

  • 17:00

Um dos estandes mais interessantes a nível de Associação, de coletivo, foi o da ASPROVINHO – Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira. Ao invés de um estande com diversas marcas, eles criaram um estande-sala de aula, sem marcas, apenas como o nome da Associação. Lá, de hora em hora, realizavam degustações guiadas, contando a história das vinícolas e dos produtos. Eram servidos apenas espumantes, já focando na Denominação de Origem que a região está prestes a ganhar, provavelmente em 2019. A IP Pinto Bandeira vai se manter, para não prejudicar quem já produz vinhos tranquilos dentro da Indicação, e a Denominação de Origem, que vai se chamar DO Altos de Pinto Bandeira, vai focar apenas nos espumantes, que são a jóia da região.

Estavam sendo servidos espumantes da Don Giovanni, da Cave Geisse, da Valmarino, da Vinícola Aurora e, o único que ainda não conhecíamos, da Villa Cristina.

Degustação no estande da ASPROVINHO, de Pinto Bandeira.

Espumante Villa Cristina, de Pinto Bandeira.

  • 18:00

Chegamos naquele ponto em que estamos andando em círculos dentro da Feira, tentando encontrar estandes que ainda não visitamos. Volta e meia paramos em um repetido, para provar algo que tenha faltado, mas o objetivo é parar em todos os expositores, então melhor correr.

Demos um pulo na Maison Forestier, que foi comprada pela Gran Legado e, portanto, dividia seu estande. Os vinhos da Gran Legado nós já conhecíamos, então focamos na Maison Forestier. Provamos dois brancos tranquilos, um Chardonnay e um Riesling Itálico, além de dois espumantes, um Blanc de Blancs e um Nature. Excelentes!

Maison Forestier na Wine South America

Desde o primeiro dia de feira, havia um setor que era meio sacanagem. Cada vez que passávamos perto, sentíamos um cheiro incrível de churrasco e, como a gente tá sempre com fome, já tava dando um nervoso. Pois bem, era o estande da Dal Pizzol. Eles montaram uma bancada enorme, contrataram um assador f*** e fizeram, de hora em hora, degustações harmonizadas de churrasco e espumantes. Sensacional! Diferentes cortes de carne, combinados com diferentes espumantes, para mostrar que a bebida é mais versátil do que a gente pode imaginar. Vocês sabem que a gente acredita e aposta muito na interatividade, então é óbvio que adoramos a idéia. As degustações estavam muito concorridas, mas, graças à boa vontade do super enólogo Dirceu Scottá, conseguimos participar da última rodada da noite!

O assador Giordano Tarso e, ao fundo, o enólogo Dirceu Scottá

Harmonização de carnes e espumantes no estande da Dal Pizzol.

  • 19:00

Tá, agora é oficial. Hora de passar nos estandes, dar tchau pra todo mundo e encerrar a nossa visita à primeira edição da Wine South America. Voltamos para o setor coletivo das vinícolas da Serra Gaúcha para uma última prova de vinhos na Cristófoli Vinhos de Família, na Vinícola Cainelli e na Mena Kaho. São três vinícolas familiares muito queridas aqui na Serra Gaúcha, com excelentes vinhos e projetos muito bacanas de enoturismo!

Bruna Cristofoli, da Cristofoli vinhos de Familia

Vinhos da vinícola Mena Kaho.

Os vinhos da Vinícola Cainelli.

E assim encerramos nossa participação na primeira edição da Wine South America. Ansiosos pelo ano que vem!


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Estilos de Vinhos

Ficha de Degustação de Vinhos

Ficha de degustação para download gratuito.