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A Vinícola Guatambu e seu Vinho do Pampa

Não é a toa que a Guatambu é chamada de Estância do Vinho. A vinícola de Dom Pedrito, na Campanha Gaúcha, surgiu do desejo de diversificação de produtos da família Hermann Potter, que há mais de meio século se dedica à agricultura e é referência na criação das raças de gado Hereford e Braford na Estância Guatambu.

A entrada da Vinícola Guatambu | Foto: Umami Mag

A paisagem típica do Pampa Gaúcho na Vinícola Guatambu.| Foto: Umami Mag

O projeto de implantação de vinhedos começou em 2003, com mudas vindas da Itália e da França, sob supervisão de Gabriela Hermann Potter, Engenheira Agrônoma e membro da terceira geração da família na administração da Estância. Já em 2007, a Guatambu firmou uma parceria com a Embrapa, com o objetivo de estudar e caracterizar o potencial da região da Campanha para a vitivinicultura. Como fruto desta parceria, surgiu o vinho Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon 2009. Na sequência, lançou, com a consultoria do enólogo uruguaio Alejandro Cardozo, seus vinhos brancos e sua linha de espumantes.

As boas experiências com seus primeiros vinhos fez com que a Guatambu, no segundo semestre de 2013, inaugurasse a seu centro enoturístico, que fica a 14km do centro de Dom Pedrito. O projeto busca uma identificação com a arquitetura local, com a cultura gaúcha e com as influências das estâncias da região do pampa.

Por onde se ande na vinícola, a vista linda do pampa acompanha | Foto: Umami Mag

Guatambu opera com energia 100% renovável. Em 2017, recebeu o Selo Solar, iniciativa do Instituto IDEAL com apoio do WWF-Brasil e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, pelo seu parque solar. Eles aproveitam a energia do sol que brilha sem parar na região (são mais de 2.300 horas de luminosidade durante o período vegetativo da videira) através de 600 painéis de energia solar instalados na propriedade. Foi a primeira agroindústria da América Latina a alcançar este nível de sustentabilidade.

Um painel eletrônico mostra, em tempo real o nível de energia produzido na vinícola. | Foto: Umami Mag

O TERROIR

A Guatambu produz 100% de seus vinhos com uvas próprias, de vinhedos cultivados na região da Serrinha de Dom Pedrito, a 260m de altitude, que compreendem 21,5 ha das variedades Chardonnay, Sauvignon Blanc, Gewürztraminer, Tempranillo, Merlot, Tannat, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir.

Os vinhedos são cultivados em espaldeira, as uvas são colhidas manualmente e o controle fitossanitário do parreirais é ecológico, feito com TPC (Thermal Pest Control), ou seja, controle térmico de pragas, sem utilização de defensivos químicos.

Vista aérea da Guatambu | Foto: banco de Imagens Ibravin / Dandy Marchetti

O clima é subtropical úmido com invernos rigorosos e boa amplitude térmica. A alta incidência de luz solar durante o período vegetativo e a escassez de chuvas no verão, garantem a maturação completa das uvas. O solo deriva de granulitos, rocha metamórfica de alto grau, geologicamente uma das mais antigas do Rio Grande do Sul, cujas frações originais apontam para uma idade de cerca de 2,6 bilhões de anos, com transformações metamórficas acontecidas há 2,1 bilhões de anos sob condições físicas de temperatura e de pressão condizentes com uma profundidade crustal de 35 km.

OS VINHOS

O terroir do pampa permite aos produtores uma liberdade muito grande de experimentação. Apesar de muita gente enxergar a região como uma extensão do Uruguai, boa para a produção de Tannat (e de fato é), a Campanha é muito mais do que isso. Brancos e espumantes super frescos, tintos que vão dos leves aos encorpados, dos simples aos mais complexos. O que você imaginar, a região produz bem. E a Guatambu explora bastante esse potencial.

As caves da Guatambu | Foto: Umami Mag

Seus espumantes se dividem assim:
  • Linha Noite do Pampa: espumante TINTO brut de Merlot, um curinga da harmonização;
  • Linha Guatambu: a linha Guatambu engloba 3 espumantes, um rosé brut de Gewürztraminer e Pinot Noir; um branco extra brut de Chardonnay; e um branco Nature de Chardonnay;
  • Linha Poesia do Pampa: uma linha mais jovem, composta por um branco brut, 80% Chardonnay e 20% Sauvignon Blanc, e por um branco demi-sec, de Gewürztraminer e Chardonnay;
  • Linha Angus: espumante de Chardonnay, criado para a Associação Brasileira da raça Angus.

Seus vinhos tranquilos se dividem assim:

  • Linha Épico: o Épico é o vinho ícone da Guatambu, um corte potente das melhores uvas e safras, que representa todo o potencial e qualidade da região;
  • Linha Lendas do Pampa: a linha Lendas traz vinhos premium, de alta complexidade e bom potencial de guarda. Engloba um Cabernet Sauvignon, um Tempranillo e um Tannat;
  • Linha Rastros do Pampa: a linha engloba o primeiro vinho elaborado na vinícola (Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon) e outros tintos com excelente custo benefício – Tannat, Pinot Noir e Merlot;
  • Linha Luar do Pampa: a linha reúne os vinhos mais frescos da vinícola. Engloba um rosé de Cabernet Sauvignon e Tempranillo; um Gewürztraminer; um Sauvignon Blanc e um Chardonnay;
  • Linha Da Estância: uma linha de vinhos jovens, para consumo diário, que engloba um Tannat; um blend de Cabernet Sauvignon, Tannat e Tempranillo; e um branco de Chardonnay, Gewürztraminer e Sauvignon Blanc;
  • Linha Angus: tal como o espumante, este é um Tannat criado para a Associação Brasileira da raça Angus;

Os vinhos servidos durante a nossa visita à Guatambu | Foto: Umami Mag

ENOTURISMO

A Guatambu é super dedicada ao enoturismo. Atualmente, oferecem quatro opções aos visitantes.:

  • Tour Clássico: passeio pela propriedade, vinhedos, área de produção e degustação de 3 vinhos. Dura aproximadamente 1h e custa R$30,00 por pessoa. É necessário agendar pelo email visita@guatambuvinhos.com.br
  • Tour Épico: passeio pela propriedade, vinhedos, área de produção, degustação de 4 rótulos, incluindo um dos vinhos de alta gama, Épico ou Lendas do Pampa, além de uma tábua gourmet de frios e nozes. Dura aproximadamente 1h15 e custa R$60,00 por pessoa. É necessário agendar pelo email visita@guatambuvinhos.com.br
  • Piquenine: durante o inverno (torcendo para que se estenda para o verão também), a vinícola oferece um piquenique nos jardins, em frente ao fogo de chão. Custa R$120 por casal, inclui um vinho Rastros do Pampa ou um espumante, tábua de frios, trio crocante de galletas com manteiga, temper cheese e geléias. Sábados, das 15h as 18hs. É necessário agendamento pelo e-mail visita@guatambuvinhos.com.br.
  • Almoço Harmonizado de Terroir: cerca de uma vez ao mês, a vinícola oferece um super almoço. Inclui tour pela propriedade, almoço com a famosa parrilla de entrecot Hereford e cortes especiais de cordeiro, produzidos na Estância Guatambu, e harmonização com cinco rótulos da vinícola, incluindo dois da linha ultra-premium, os tintos Épico e Lendas do Pampa. A programação custa R$ 220,00 por pessoa para adultos. Crianças de 3 a 6 anos pagam R$ 60,00, de 7 a 12 anos pagam R$ 100,00, e adolescente de 13 a 17 pagam R$ 150,00. É necessário agendamento pelo e-mail visita@guatambuvinhos.com.br.

Visitamos a vinícola em dia de Almoço Harmonizado e gravamos um vídeo lindo por lá, que faz parte da nossa webserie Uma Cave por Vez. Espia só!

V I N Í C O L A  G U A T A M B U

BR 293, Km 265

Dom Pedrito – RS

Fones: (53) 3243.3295 – (53) 99971.9473

Email: visita@guatambuvinhos.com.br

www.guatambuvinhos.com.br

Como chegar: de Porto Alegre até a vinícola são 456Km. Saindo de Porto Alegre, pegue a BR 290, dobrando a direta logo após passar o primeiro pedágio. Depois de aproximadamente 220km (passando a entrada para Cachoeira do Sul), dobre à esquerda no trevo para pegar a RS 153 em direção a Bagé. Após aproximadamente andar 370Km, haverá um trevo onde deve-se pegar a direita para a BR 293. Após passar a cidade de Bagé, siga reto 64Km, onde passará pelo trevo da cidade de Dom Pedrito. Finalmente, ande mais 15Km, e verá a vinícola à esquerda.


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