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7º Congresso Latino-Americano de Enoturismo

Na semana passada, de 27 a 30 de junho, aconteceu a 7ª edição do Congresso Latino-Americano de Enoturismo, no Spa do Vinho, em Bento Gonçalves – RS. O evento, que foi uma realização conjunta da AENOTUR – Associação Internacional de Enoturismo, do IBRAVIN – Instituto Brasileiro do Vinho e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, tem como objetivo discutir os caminhos para fomentar o enoturismo na América Latina, através de palestras super legais, com enólogos, produtores e diversos outros players do setor vitivinícola e turístico das Américas.

O tema deste ano foi Território, vinho e turismo: harmonização que dá certo e estava lotado de pessoas vindas de todo o Brasil e também de outros países, principalmente do Uruguai, da Argentina e do Chile.

O evento começou com uma fala de Ivane Fávero, Presidente da AENOTUR, contando um pouco sobre o histórico do Congresso, que iniciou em 2010, e da própria AENOTUR, e seguiu com Deborah Villas-Bôas Dadalt, a Diretora de Infraestrutura da APROVALE, que falou sobre o posicionamento e o pioneirismo do Vale dos Vinhedos do que diz respeito ao enoturimo brasileiro.

No dia seguinte, a Master of Wine Liz Thach, da Sonoma University, abriu a manhã com uma palestra super divertida contando como as regiões de Napa e Sonoma Valley, na California – EUA, entraram na lista dos principais e mais populares roteiros vitivinícolas das Américas e de que forma a indústria vinícola soube aproveitar este movimento para crescer economicamente.

A Master of Wine Liz Thach fala sobre Napa e Sonoma Valley | Foto: Felipe Klein

Na sequência, o Diego Bertolini, do IBRAVIN, conversou com o público sobre como o enoturismo e as vendas diretas decorrentes dele, podem ser uma ferramenta para fidelizar clientes, um ponto no qual a gente acredita muito. O público fica sempre mais à vontade para comprar vinhos que já conhece, de produtores que já conhece, sobre os quais já possuem informações. E esse contato direto durante as visitas ajuda muito a formar este vínculo, a encurtar a distância entre o produtor e o consumidor.

Logo após, foram apresentados dois cases muito bacanas de vinícolas pequenas do Rio Grande do Sul, que tiveram um super crescimento decorrente do enoturismo. O primeiro foi o da Vinícola Jolimont, de Canela, apresentado por seu proprietário Marçal Duarte Velho, que fidelizou milhares de clientes através da venda direta e do e-commerce. Depois, o da Vinícola Torcello, de Bento Gonçalves, apresentado por seu proprietário, Rogério Valduga. Aqui, uma informação interessante: apesar de ser uma vinícola de pequeno porte, a Torcello está em terceiro lugar no ranking do Tripadvisor na cidade de Bento Gonçalves, um marco incrível, que mostra como o enoturismo pode alavancar negócios e ajudar uma região inteira a crescer.

Os intervalos do Congresso nas vistas lindas que o Spa do Vinho proporciona | Foto: Felipe Klein

Dando sequência ao evento, Guillermo Barletta, Diretor de Turismo no departamento de Las Heras, na Província de Mendoza, na Argentina, contou um pouco sobre a história do enoturismo na região e sobre os desafios, tendências e inovações do setor.

A nossa presença no Congresso, infelizmente, encerrou por aqui, mas as atividades seguiram no dia seguinte, com mais palestras e talks incríveis sobre a Campanha Gaúcha e sobre as regiões vinícolas do Uruguai, Chile e Argentina, além de discussões sobre as políticas e projetos existentes para ajudar no desenvolvimento do enoturismo brasileiro.

 

ATIVIDADES EXTERNAS

O Hotel & Spa do Vinho, onde aconteceu o Congresso e onde ficamos hospedados, já é uma atração por si só. É um daqueles lugares que impressiona mesmo: super requintado, com vista panorâmica do Vale dos Vinhedos, uma adega de tirar o fôlego e uma gastronomia deliciosa e refinada. Porém, já que o Congresso era sobre enoturismo, não faltaram atividades externas sensacionais para entreter os participantes.

Saguão do Hotel & Spa do Vinho | Foto: Felipe Klein

Hotel & Spa do Vinho, cercado por vinhedos | Foto: Felipe Klein

Vinícola Dal Pizzol

No primeiro dia, fizemos uma visita técnica à Vinícola Dal Pizzol, no distrito de Faria Lemos, Bento Gonçalves. A Dal Pizzol, fundada em 1974, é comandada pelos irmãos Antônio e Rinaldo Dal Pizzol, tem como enólogo responsável o super competente Dirceu Scottá, e faz parte da Rota das Cantinas Históricas, projeto composto por diversas propriedades rurais instaladas nas lindas encostas de Faria Lemos.

Vinícola Dal Pizzol | Foto: Felipe Klein

Por lá, conhecemos o Ecomuseu da Cultura do Vinho, que reúne objetos, utensílios e equipamentos de trabalho, bem como fotos, documentos e centenas de garrafas de vinhos locais e estrangeiros, que retratam a história do desenvolvimento da cultura do vinho e de sua produção. Também aproveitamos para visitar o Vinhedo do Mundo, terceira maior coleção de uvas do planeta, que reúne em torno de 400 variedades de uvas plantadas em pouco mais de 0.5 hectares. É uma oportunidade única de conhecer uvas e videiras originárias de todos os lugares do globo em um só lugar. Uma aula prática muito bacana!

Equipamentos históricos na Vinícola Dal Pizzol | Foto: Felipe Klein

Depois do passeio, degustamos 4 vinhos excelentes:

  • Enoteca 2014 (corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc)
  • Dal Pizzol Touriga Nacional 2017
  • Dal Pizzol Cabernet Franc 2016
  • Espumante Dal Pizzol Quarenta Anos Nature

Degustação na Vinícola Dal Pizzol | Foto: Felipe Klein

Pizzato Vinhas e Vinhos

No segundo dia, visitamos a Pizzato Vinhas e Vinhos, em Bento Gonçalves. Por lá, fizemos uma degustação muito especial de oito vinhos, harmonizados com diversos queijos regionais, além de pães e azeites deliciosos, todos produzidos no Rio Grande do Sul. A degustação harmonizada, que também está disponível com tábuas de charcutaria regional, pode ser feita por qualquer visitante mediante reserva e vale muito a pena.

Pizzato Vinhas e Vinhos | Foto: Felipe Klein

Também tivemos a oportunidade de provar, em primeira mão, dois vinhos muito legais que ainda nem foram lançados. O primeiro é o Sauvignon Blanc 2018, super fresco e moderno, que deve ir ao mercado daqui a dois meses, por um precinho bem bacana. O segundo foi o Semillon 2018, um vinho muito especial, com produção de apenas 300 garrafas, que serão vendidas somente na vinícola (algumas já estão em lista de espera!). Além deles, provamos os seguintes vinhos:

  • Espumante Fausto Brut Rosé
  • Espumante Pizzato Brut
  • Espumante Vertigo Nature
  • Pizzato Merlot Reserva 2015
  • Concentus Gran Reserva 2014
  • DNA 99 2012 (sensacional!)

Pizzato Vinhas e Vinhos | Foto: Felipe Klein

Osteria della Colombina

Um de nossos almoços aconteceu na Osteria della Colombina, restaurante muito gostoso que fica na rota turística Estrada do Sabor, entre Bento Gonçalves e Garibaldi. O restaurante, que pertence à família de Odete Bettú Lazzari, uma pequena família de agricultores da Serra Gaúcha, surgiu em 2001, e foi um dos pioneiros do turismo rural na região.

Mantendo o formato da época em que foi aberto, as mesas ficam no porão da casa, e as paredes expõem objetos pessoais, fotos e utensílios que contam a história da família. A comida servida por lá é simples, deliciosa e reconfortante. Comida de vó, com muito sabor e carinho. Os pratos são servidos em sequência: pães, salames coloniais, polenta, fortaia, sopa de capelettisalada da horta, massas caseiras, carnes e sobremesas. Tudo aquilo que faz carinho no estômago e deixa a gente mais feliz!

Osteria della Colombina | Foto: divulgação Osteria della Colombina

Mamma Gema

Outro restaurante que fez parte do nosso roteiro durante o Congresso foi a Trattoria Mamma Gema, um clássico do Vale. O restaurante fica em uma localização muito privilegiada, na entrada do Hotel Villa Michelon, bem no coração do Vale dos Vinhedos. Ele inaugurou em 2010 e é sempre uma super pedida para recarregar as energias entre uma visitação e outra às vinícolas da região.

No cardápio, pratos típicos e deliciosos de trattorias italianas – massas, risottos e grelhados – servidos em rodízio ou à la carte. E aí fica aquela dúvida: pedir à la carte e morrer tentando decidir entre um dos pratos, ou pedir rodízio e comer até morrer e perder todas as energias? Escolhemos o rodízio, claro.

Trattoria Mamma Gema | Foto: divulgação Mamma Gema


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